segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Partido Alto

O que é que o Zen tem a ver com Partido Alto? Vou contar uma historinha pra vocês. Num delicioso final de semana que passamos na companhia do Mestre Tokuda em Macaé de Cima (Nova Friburgo-RJ) ele sugeriu uma brincadeira em volta da fogueira numa noite de lua cheia maravilhosa. Era assim, cada um tinha que fazer um haikai, que é um tipo de poesia em versos curtinhos feita de improviso, inspirada em temas que surjam naquele momento, sem deixar espaço para criações intelectuais. E começamos a brincar. Num determinado momento a gente percebeu que tinha virado uma brincadeira de Repente com sotaque nordestino e tudo e caímos na gargalhada. Explicamos pra ele como é que era isso, esse duelo poético que é o Repente e ele falou: "Então vamos brincar de Repente, né?!" e entrou na brincadeira! Foi Repente que não acabava mais! Era julho e a gente assava queijo de coalho na fogueira, virou uma verdadeira festa caipira!

Mas e o Partido Alto?!!! Me deparei nas minhas andanças virtuais com esse filme que eu já tinha assistido com o inesquecível Candeia e num determinado momento ele fala que o Partido se assemelha muito ao Repente. Claro!!! Obrigada, Candeia, Paulinho da Viola, Leon Hirszman! Dedico essa minha "viagem musical" ao maior repentista japonês de todos os tempos, Tokudinho do Igarapé!



Partido Alto é um documentário brasileiro, escrito e dirigido por Leon Hirszman. Produzido pela Embrafilme, filmado em 1976 e lançado em 1982, o filme conta um pouco da história do Partido-Alto, subgênero musical derivado do samba, com raízes na batucada baiana. O documentário apresenta o partido-alto como um estilo livre de expressão e comunicação imediata, com versos simples e improvisados, de acordo com a inspiração de cada um - ao contrário do samba que estaria comprometido com o espetáculo. A narração do curta-metragem foi feita pelo sambista Paulinho da Viola.
fonte: Wikipedia






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